sábado, 25 de fevereiro de 2017

A Wicca e a Dança do Ventre - 1999

No ano de 1999, eu já estava cursando o ensino superior quando uma professora da UFRN me falou pela primeira vez sobre  a Religião da Deusa, me orientou sobre o assunto e, algum tempo depois, me apresentou a um Círculo de Wicca no qual também fui iniciada. Assim, passei a fazer parte do mundo da magia feminina. Foi um encontro fantástico com esse universo cheio de poder, encanto e beleza. A Arte do Sagrado começava a fazer parte da minha trajetória...

A Wicca, a Magia Natural e a celebração dos ciclos da natureza complementaram e deram sentido ao que chamei de "Teatro Sagrado", onde havia música, dança, vestimentas e novas personas sob o aspecto místico, divino para mim... Onde eu podia me expressar livremente, sem preconceitos ou julgamentos, sendo eu mesma produzindo a "Arte da minha alma".

Aprendi muito... passei por experiências ímpares... vivi muitas emoções, boas e ruins durante aproximadamente cinco anos de sacerdócio e talvez, um dia, eu conte essa história em um livro.
Wicca: Ritual de Wiccaning de Beatriz
(As identidades das demais participantes foram preservadas.)

No ano de 1999, fui convidada por uma das minhas "irmãs da Wicca" a fazer aulas de dança do ventre na Tuareg: Casa do Oriente, em Natal (RN). Assim, mesmo passado por cima do meu próprio preconceito com a dança, na época, encarei as aulas e me apaixonei pelo estilo. 

Sempre tive muita facilidade para aprender a dança e logo essa cultura oriental invadiu bons anos da minha vida. Depois de dois anos de estudos intensos, resolvi dar aulas gratuitas em minha residência para que eu pudesse treinar os exercícios. Nesse mesmo período, iniciei a experiência de fazer apresentações de dança do ventre em eventos e ocasiões festivas de amigos.
Apresentação de Dança do Ventre com fogo em evento de rua.
Luiz "You" e eu.
Natal, RN - 2003

A Wicca e a Dança do Ventre trouxeram para mim inúmeros benefícios pessoais, como o aumento da autoestima e a crença em meu poder pessoal. Recebi também as primeiras noções de "empoderamento" feminino, o que me fez perceber que, nos grupos certos, jamais me sentiria só. Mas, sobretudo, me deram a percepção definitiva de que a minha relação com a Arte sempre foi uma relação de contato com o Sagrado, com a cura de mim mesma e do autoconhecimento. Assim, determinei que a magia do Sagrado e a dança passariam a fazer parte da minha trajetória de vida e de arte, muito embora eu nunca tivesse desejo de iniciar novos círculos de Wicca ou de me profissionalizar como bailarina ou professora de dança. Percebi que ambas sempre foram parte da minha natureza sagrada e festiva porque a magia chegou preenchendo muitos vazios dentro de mim, e, a dança sempre me resgatou nos momentos difíceis, me centrando e me reconectando comigo mesma e por isso eu sempre a consagrei. 

Em muitos momentos, segui parte dos meus estudos em ambos os caminhos de maneira autônoma. Segui dançando nos meus rituais pela vida tanto em momentos de dor quanto em momentos de amor, ambos momentos sagrados.

  

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