É uma analogia que, normalmente quer dizer que você deve ajudar as outras pessoas, assim como uma mão não consegue se lavar por completo sozinha e precisa da ajuda da outra mão. E, assim, em contrapartida, esse alguém também vai lhe ajudar, certo?
Muitas vezes, não. Há pessoas que só recebem ajuda e não tem a consciência do dever ou do compromisso em retribuir.
O que fazer nessas ocasiões?
Não ajudar? Ajudar assumindo os riscos de ficar depois, literalmente, na mão?
Eu penso que há "casos e casos" em que me sinto na obrigação, ou dever, ou vontade, ou capacidade de ajudar e, em qualquer um desses casos, sem esperar muito o retorno por parte da pessoa ajudada, sabendo que o Universo sempre encontra um meio de retribuir, se a ajuda for sincera e realizada nas devidas condições. Sim! Nas "devidas condições" porque de nada adianta, por exemplo, eu ajudar outra pessoa, enquanto me esqueço de mim mesma, ou, a mim negligencio. Bem como de nada adianta (tentar) ajudar aqueles que têm a capacidade de mudar o seu próprio estado de necessidade mas não o querem de fato. Também não adianta ajudar esperando uma possível "retribuição" do universo.
E Você já reparou que algumas pessoas parecem um ímã para atrair pessoas problemáticas que necessitam de ajuda e, com o passar dos anos, de tanto absorver os problemas (e o "karma") dos outros, entram em falência, depressão, pobreza extrema e doença?
Parece que as vibrações de um conceito errôneo de "caridade" levam, na maioria das vezes, a pessoa que ajuda a uma vida difícil e de sacrifícios, independente de ter feito um voto de pobreza ou similar.
Você já se percebeu envolvido por essas vibrações?
É preciso analisar muito bem o quanto uma atitude nossa pode estar realmente "ajudando" alguém, principalmente quando estamos "metendo o dedo" no problema alheio sem ter sido chamado.
Há um processo de aprendizado da vida que está sempre por trás de cada problema ou momento difícil e faz parte do caminho evolutivo de todos nós passar por tudo isso também.
Interromper o "processo" do outro gera um "karma" desnecessário que tanto impede que o outro evolua, se desenvolva e aprenda; quanto atrasa o andamento da nossa própria existência.
Ainda, você já percebeu que há pessoas que mal conseguem lidar com seus próprios fardos e se enchem de problemas alheios, de falsas e ilusórias responsabilidades, provocando, nesse caso, um verdadeiro caos ao seu redor?
Sendo assim, será que uma mão realmente lava a outra? Ou aprende com a outra a lavar?
Talvez a analogia do início receba aqui um outro significado; o de que ao "aprender" a lavar uma mão, uma outra mão aprenda também a lavar em algum outro lugar.
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