Em 2016, viajei com Catarina para a Paraíba. Lá, passamos aproximadamente 3 meses na casa do meu pai com quem pude dividir dias de muito carinho e aconchego. Foi mais do que uma visita, foi como um "reencontro" precioso, num momento muito importante de minha vida, onde eu pude sentir dele uma outra perspectiva de seu amor e admiração por mim. Isso me modificou intensamente e mudou minha autoestima relacionada à minha produção artística.
Do meu pai, considerando todas as suas limitações de saúde e de idade avançada, pude me aproximar de maneira mais amadurecida, após anos de distância e de vivência.
Foi um tempo muito importante para refletir sobre paradigmas, conceitos em transição e para dirigir os próximos passos a seguir, após as turbulências da saída de Mafra e a mudança para o próximo destino.
O PAI representa a força masculina que temos para concretizar e gerenciar a nossa vida material. Estar de bem com o pai é receber uma benção por tabela para todas as coisas que queremos produzir. É abençoar a semente!
Aceitar que esse homem incrível, apesar da sua parcela humana em evolução, é também parte de mim faz com que eu me sinta poderosa e capaz de chegar onde eu quiser. Sou capaz de alçar os voos que a dimensão dos meus sonhos permitir.
Não poderia avaliar o quão rico foi poder aproximar Catarina desse avô genial que conseguiu transformar a realidade de uma vida sem expectativas num sonho de patrimônio, cheio de pessoas ao seu redor e que o amam incondicionalmente.
A história do meu pai é parte da minha história também e, quanto mais eu honrá-lo em todas as suas faces e puder dele tirar todos os exemplos de vida, maior e mais forte eu serei, sempre, porque, como li em algum lugar: "Só se pode caminhar com passos fortes quando se é capaz de reconhecer seus ancestrais e compreender que tudo está em seu devido lugar. Tudo o que a gente traz de bagagem é a nossa fortaleza"
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